Crise existencial

Em toda e qualquer crise existencial de vida, eu me isolo completamente do mundo, do meu jeito. Adoro os dias nublados. Com uma pitada de luz. É estranho, mas o cinza me faz pensar. Não estou dizendo de crises existenciais de vida. Mas eu realmente me sinto bem com dias assim. Tudo bem que também amo e fico com um ótimo bom humor nos dias ensolarados de céu azul. Mas o nublado me traz inspiração. Enquanto ele bloqueia a mente de alguns, o mesmo abre a minha . Melhor ainda com chuva . É como a xícara de chá dos poetas. A varanda de Machado de Assis. Os pensamentos do senhor Carpinejar. Me afundo nas músicas de Adele. Pego o meu livro preferido. Deito na rede e vou lendo e pensando o que eu coloco aqui para demonstrar a vocês. A vida é completamente agradável. Deus só é seriamente zoeiro. As respostas que imagino dele são realmente as respostas, em forma de pensamento. Já entendi isso. Ah, não. Está fazendo sol agora. Tudo bem. Amo o sol. Talvez eu ame as pequenas coisas da vida, mas de forma calada. Para mim, não é necessário sorrir. O coração já sente. E eu acho tão bom ser uma pessoa fechada. é um milagre quando me socializo. Sabia que já pensei em desistir disso tudo aqui? Simplesmente fechar e só redescobrir no auge da morte. Ok, isso é insano. Li um trecho, em um livro do Carpinejar, que está bem grifado, e o próprio autor viu. Até imprimi essa frase e coloquei no meu mural. Sabe o que diz? Que  "o impossível é inesquecível". Então para mim tudo agora é uma leve e desarmônica questão de tempo.  Sempre procuro ser a pessoa que gostaria de conhecer. Okay, tenho algumas coisas meio pessoais demais, digamos que até incomuns. Uma delas é algo que minha professora de Ciências chama de Síndrome do Alicate. Adoro ficar arrancando os bifinhos e pelinhas dos dedos. É uma dor inofensiva e indiferente, mas bacana. Mas quem irá entender a nossa loucura a não ser nós mesmos? Só devo dizer que na maioria das vezes temos que guardá-la muito bem, para que ela não prejudique os outros, desde que não seja um crime. Pessoas carentes ou  "doloridas" demais são o que me irritam. Insegurança é algo que destrói. Só temos que confiar a nós mesmos e mais ninguém. Quer saber? Temos que fazer todos os escândalos que queremos, quando bem entendermos. Outra vez, li também que é melhor uma vida cheia de "não acredito que fiz isso" do que "eu deveria ter feito isso"  Já estou cansada de sobreviver. Agora, eu quero aprender a viver. Vivo com vergonha porque nunca sei de nada. Não vou mudar nada em mim, isso é fato. Eu jamais vou perder o meu diferencial pessoal, que é ter marra. Mas vamos lá, né. Aos poucos, talvez. Temos muito o que aprender. Talvez eu tenha me esquecido de escrever algo nesse texto. Mas não há problema.
Escrevo isso ao som de  I Will Wait, de Mumford & Sons.