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Mostrando postagens de dezembro, 2014

Caro efeito colateral

  Vou contar-lhes um segredo aqui. Aliás, um texto que é meio segredo, meio enigmático, porque alguns vão se perguntar o que há comigo. E os conhecidos que são dedo-duro vão ligar para meus pais. Calem a boca desde já. É algo comum, vocês sabem da vida melhor que eu. Como se chama aquele detestável sentimento em que se parece que vai morrer, mas depois de um tempo está tudo tranquilo e então você percebe que não consegue mais ficar sem falar com uma pessoa quando o que você menos queria era se prender a ela? Ah, pois é. Hoje temos outro trocadilho. Gostaria de chamar esse querido de efeito colateral, porque essa “suposta paixão” surgiu quando eu estava meio adoecida. Pensei que fosse passageiro, já que quando adoecemos nos tornamos criaturas frágeis, mas não. E ainda assim acho que esse efeito é uma das melhores lições de vida que estou tendo, pode-se dizer assim... A pior coisa é o medo de deixar de gostar ou continuar gostando. Estou de férias, e até então tudo ok. Porém,

As minhas palavras

T enho lido um livro com trechos da Clarice Lispector esses dias e ao mesmo tempo me irritado e me acalmado bastante. Quem me conhece sabe que gosto de escrever baseado em coisas que admiro - e o que eu escrevo é a coisa em mim. Não espero que gostem nem odeiem, pois concluí que escrevo apenas para decifrar-me. Resolvi unir frases aleatórias que penso dia após dia e uni-las em uma só a cada semana. ________________________________ × A vida é um desafio. É como uma  última prova de matemática em que se sabe tudo, mas você acaba errando apenas duas questões - e os malditos erros eram de sinal. Quem não me entende que se dane. Quem me entende, siga-me ou me ame. Às  vezes eu tenho uma vontade de gritar. Então tudo o que eu posso fazer é sussurrogritar, e isso tudo contido em pensamento. Seus olhos eram marrons, mas sua alma era brilhantemente colorida e sempre procurava purificar os arquivos do cérebro, mas não conseguia, pois não importa o que sejam as memórias, não se pode apag

Crescer

Crescer Crês ser. Crês seres. O ano está acabando e fiquei pensando bastante esses dias. Daqui a 48 dias faço 14 anos, e tenho pensado o quanto ter 13 anos foi bom para mim. Muita coisa mudou, e foi para melhor. Perdi amizades, mas bem no finalzinho estou criando coragem para começar a criar novas até encontrar alguém que seja verdadeiro. Conheci meu ídolo, comuniquei-me com ele e tive os melhores momentos da minha vida ao lado dele. Adquiri mais maturidade e já sei lidar com alguns problemas. Estou entendendo o lado dos meus pais. Consegui ser bolsista, que foi uma coisa que muito prometi a mim mesma no começo do ano. Sorri. mais do que chorei porque eu soube segurar as lágrimas sabendo que coisas melhores viriam em breve, e conquistas maiores ainda virão. Acho que a melhor coisa que se pode ter é relembrar os bons momentos para que eles nunca sejam esquecidos. Crescer, afinal, talvez seja realmente bom, porque se você parar para pensar, não existe lado ruim quand

Maturidade, vingança e conhecimento

Crescer é bom e ruim ao mesmo tempo. Fácil, mas também difícil. Com certeza, está bastante pior com a geração de hoje. A ficha cai que você não é mais criança, o corpo está muito mudado, num piscar de olhos você está no ensino médio, morando no exterior ou tendo que lidar até a faculdade,  com a confusão mental gerada sem querer querendo pelos pais. Você se sente numa montanha russa da depressão por não ter amigos, ter amigos demais ou não ter em quem confiar profundamente porque o diálogo virtual não presta mais. Alguns têm pais de verdade. Outros, têm apenas uma coletânea de responsáveis. Provavelmente porque a família é muito grande. A minha, nem tanto. Depois do divórcio, perdi totalmente a visão encantadora que eu tinha das coisas. Não me importa mais as datas comemorativas, não me importo mais com os meus aniversários (ou seriam desaniversários?) e desesperadamente estou tentando recuperar essas visões, já que não quero deprimir o meu futuro... futuro. Por outro lado, é ót