As minhas palavras

Tenho lido um livro com trechos da Clarice Lispector esses dias e ao mesmo tempo me irritado e me acalmado bastante. Quem me conhece sabe que gosto de escrever baseado em coisas que admiro - e o que eu escrevo é a coisa em mim. Não espero que gostem nem odeiem, pois concluí que escrevo apenas para decifrar-me. Resolvi unir frases aleatórias que penso dia após dia e uni-las em uma só a cada semana.

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A vida é um desafio. É como uma  última prova de matemática em que se sabe tudo, mas você acaba errando apenas duas questões - e os malditos erros eram de sinal.

Quem não me entende que se dane. Quem me entende, siga-me ou me ame.

Às  vezes eu tenho uma vontade de gritar. Então tudo o que eu posso fazer é sussurrogritar, e isso tudo contido em pensamento.

Seus olhos eram marrons, mas sua alma era brilhantemente colorida e sempre procurava purificar os arquivos do cérebro, mas não conseguia, pois não importa o que sejam as memórias, não se pode apagá-las, apenas esquecê-las.

Ele ainda não se tocou que você morre de amores por ele?
Ah, se ele soubesse...
Eita, se ele te amasse...

Minha frescura para andar na rua é a minha vergonha. Mas se eu não tivesse essa frescura, eu não seria eu. Ou seria, só que outra pessoa?

Ela era mais do que inteligente. E de tão inteligente, ela conseguia ser simples e assim encantava a todos, mesmo por trás daquela agravadíssima timidez. Mas ela se ofendia por saber que era diferenciada, e isso a preocupava. Ela sacava as coisas muito rápido.

Vai ver, no fundo, toda tristeza tem lá sua beleza.

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