Caro efeito colateral

 Vou contar-lhes um segredo aqui. Aliás, um texto que é meio segredo, meio enigmático, porque alguns vão se perguntar o que há comigo. E os conhecidos que são dedo-duro vão ligar para meus pais. Calem a boca desde já. É algo comum, vocês sabem da vida melhor que eu. Como se chama aquele detestável sentimento em que se parece que vai morrer, mas depois de um tempo está tudo tranquilo e então você percebe que não consegue mais ficar sem falar com uma pessoa quando o que você menos queria era se prender a ela? Ah, pois é. Hoje temos outro trocadilho.

Gostaria de chamar esse querido de efeito colateral, porque essa “suposta paixão” surgiu quando eu estava meio adoecida. Pensei que fosse passageiro, já que quando adoecemos nos tornamos criaturas frágeis, mas não. E ainda assim acho que esse efeito é uma das melhores lições de vida que estou tendo, pode-se dizer assim...

A pior coisa é o medo de deixar de gostar ou continuar gostando. Estou de férias, e até então tudo ok. Porém, tenho uma fissuração em ser o mais correta possível, e não quero ter problemas com meus estudos por conta desse efeito a ser falado (e se Deus quiser não terei, haha). Não que seja um erro, porque se apaixonar só é um erro a partir do momento em que você não pensa nas coisas que podem lhe acontecer no futuro.

Ah, Deus. Ele é zoeiro. Brinca demais, e no bom sentido. Está colocando muita emoção nessa minha vida e espero que não termine tão cedo.

Efeito colateral, espero que esteja lendo isso; sei que você também deve ter adorado me conhecer.

[Pula para o romantismo agora]

Acho que você é a minha estrela. Ou coisa do tipo. Você é um ser encantado. Virou um típico “Romeu e Julieta” da minha vida, literalmente. Aliás, continue sendo do jeito que você é. Por culpa sua, estou escrevendo esse tipo de coisa e estou no pecado que é prestar atenção em cada palavra trocada e em criar expectativas. Um mix de coisas.

Isso pode ser uma enorme ilusão, e daí? Eu me forjei para ser à prova de mágoas. Não termino amizade por coisa besta. Espera, termino sim. Sou muito séria. Você está mais perto da metade da vida do que eu, cara. Ainda me faltam quatro anos. Se é que alguém entende isso.

Certamente, você deve ter percebido que eu tenho um grau de inteligência. Ah, ainda não? Tudo bem, há bastante tempo para notar isso. Será? Sabemos muito e ao mesmo tão pouco da vida do outro, sim. Você me dá alguns sustos, e são agradáveis mas também perturbadores, por serem enigmáticos. É prendado, e já me disse que sou culta por ler a amiga Clarice Lispector.

Efeito colateral, você mexe comigo e parece brincar com isso ao mesmo tempo em que leva a sério. Tome cuidado, porque quem me conhece muito pode fazer de tudo para você desaparecer de mim.

Meu caro efeito colateral, não quero te julgar para não te desrespeitar, mas espero que você seja benéfico e não maléfico; espero que daqui a alguns anos muita coisa tenha me acontecido,  exceto eu ter me curado de você. . Se bem que você não vai fugir de mim tão cedo, será?


Seja breve, rapaz. Por trás do rosto inocente há uma alma forte e inteligente.

Comentários

  1. Uma frase em especial chamou minha atenção: "Eu me forjei para ser à prova de mágoas." Você consegue por muito sentimento no texto, parabéns. É praticamente um dom, é agradável ler seus textos.
    Beijos!

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    Respostas
    1. Olá, Ráh! Muito obrigada pelo seu comentário! Que bom que gosta dos meus textos!
      Sim, escrever realmente é um dom pra mim. É uma espécie de terapia, em que posso jogar os sentimentos para fora da melhor maneira!
      Beijos!

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