Maturidade, vingança e conhecimento
Crescer é bom e ruim ao mesmo tempo. Fácil, mas também
difícil.
Com certeza, está bastante pior com a geração de hoje.
A ficha cai que você não é mais criança, o corpo está muito
mudado, num piscar de olhos você está no ensino médio, morando no exterior ou
tendo que lidar até a faculdade, com a
confusão mental gerada sem querer querendo pelos pais. Você se sente numa
montanha russa da depressão por não ter amigos, ter amigos demais ou não ter em
quem confiar profundamente porque o diálogo virtual não presta mais.
Alguns têm pais de verdade. Outros, têm apenas uma coletânea
de responsáveis. Provavelmente porque a família é muito grande. A minha, nem
tanto. Depois do divórcio, perdi totalmente a visão encantadora que eu tinha
das coisas. Não me importa mais as datas comemorativas, não me importo mais com
os meus aniversários (ou seriam desaniversários?) e desesperadamente estou
tentando recuperar essas visões, já que não quero deprimir o meu futuro...
futuro. Por outro lado, é ótimo ter pais de verdade. Você tem duas pessoas que
te amam, que sempre vão saber lhe ensinar o correto e te defender, e
principalmente, nunca terão muitas diferenças na sua educação meio que
divididos. Isso já um grande passo, eu acho.
Mas calma lá. Por enquanto, estou só aprofundando. A questão
que vou dizer agora é mais uma vez essa maldição chamada sociedade juvenil,
mais para dentro, a principal característica dela: a maturidade. Muitos se
enganam achando que têm, outros ainda não a descobriram, alguns tentam fugir e
tem gente que até mesmo acha que já sabe e entende mais do que todo mundo pelo
fato de ser o mais velho e começa com o trelelê de ser o superior, o sabe tudo,
o que fala por todo mundo. Mas às vezes o espírito de luz, que é assim, pode não
ser nada disso. Tem uma frase que eu
aprecio muito, que diz o seguinte: “maturidade não define a personalidade, e
sim as atitudes” .
Com meus treze anos, no final do ano, percebi que adquiri uma
maturidade imensa graças à sétima série, aos problemas que eu tive, às
proteções e orientações do meu pai, conversas da minha mãe e às reflexões que
eu fazia e ainda faço e tenho bastante orgulho disso. Ninguém sabe, ninguém viu
ou ouviu, ninguém que me conhece bem pode me julgar. Só eu sei. Também sei que
não posso sair julgando o outro, mas, fiquemos de acordo, meus caros, avaliar
não é pecado.
Como eu sei disso tudo? Veja bem. Consigo resolver ou relaxar
sobre alguns problemas ou aflições minhas. Já consigo ter algumas opiniões bem
formadas e separar as coisas que acontecem ao meu redor. Simplificando, talvez
minha lógica psico-mental está avançada. Num sei; entre várias outras
complexidades vindas da minha maturidade.
MATURIDADE: Do Latim MATURITAS, de MATURUS, “o que vem cedo, maduro, a tempo, em momento favorável”, particípio passado de MATURARE, de MANE, “cedo, relativo à manhã”. Daí o significado de “oportuno, o que se desenvolve plenamente, em tempo adequado”.
E tem aos montes por
aí: está sempre procurando conflito, fazendo provocações fúteis, colocando como
justificativa a sofrência que teve na vida, sempre se achando superior, “pegando”
o lugar de falar ou decidir por todos de determinado grupo, sendo um expert em
patadas ( fazendo com que as pessoas fiquem acuadas e “aceitem”) e querendo partir para cima de quem tem
maturidade como eu usando todas as coisas citadas acima e colocando como
justificativa que a vítima dela é covarde. Inclusive, talvez, roubar os amigos
dos outros. Não é algo complexo de se entender a não ser que você seja essa
pessoa.
Como lidar, ou melhor, como se vingar de gente assim sem
apelar para a violência, processos (confesso que apoio tanto essa história de
processo, hahahaha), ou coisa do gênero? Como o caso que estou falando aqui é
com gente da minha idade, uma boa apelação é com a coordenação ou com os
RESPONSÁVEIS da pessoa (vamos rever meus primeiros parágrafos por aqui). O que
uma “ameaça” vinda de gente mais velha não faz?
Geralmente, a vingança não é um meio de justiça. Mas isso
também depende da forma de como a pessoa vai agir. O meio que mais funciona é o
“ir cuidar da minha vida e ter cada vez mais sucesso sem querer querendo”. O
mais inteligente que se tem é quando a pessoa NÃO TEM A DESGRAÇA DO LIMITE NA
VIDA DELA e sempre quer cada vez mais e continua na provocação, só que desta
vez online. Dou uma respostinha. A pessoa rebate sem parar. Calo a boca, dou um
sorrisinho e BLOQUEIO OU APAGO TODOS OS MEIOS EM QUE ELA SE COMUNICAR COMIGO
não por covardia, mas sim por inteligência, mesmo que a criatura de luz impura
ache o contrário, já que tenho mais com o que me preocupar do que por
futilidades vindas de carências juvenis em plenos 13 ou 14 anos.
É aí que entra o conhecimento. Até porque nunca haverá
reconciliação em ambos os lados. O lado que tem juízo faz tudo do jeito certo,
obedece as orientações e já tenta ir aprendendo a ser dono da vida. Já o outro
lado é exatamente o contrário... Acha que já sabe de tudo e faz com que
qualquer um confie nele.
Mas o que isso tem a ver com conhecimento? É a maneira com
que ele é usado para evitar problemas ou criá-los. Uma vida de sucesso é uma
vida sem turbulências, mas quando você tem turbulências e não se preocupa com
isso, você com certeza pode ser dar muito mal.
O grande problema da sociedade juvenil são os comportamentos
de competição, inveja e ignorância. Com isso, vamos nos tornando cada vez mais
fúteis, sendo cada vez mais desagradáveis e seletivos em relação a amigos. Eu,
por exemplo, não tenho quase ninguém da minha idade justamente por esses
motivos. Não dá para confiar em ninguém mais. Sempre vai ter alguém tentando
nos roubar algo.
Acho que, quando se é jovem, a vida corre mais perigo : por causa da falta de formação com os três assuntos citados aqui e pela falta do pensar.
Aos adultos que leem isso, eu peço que vocês prestem mais
atenção com as amizades que seus filhos andam tendo. Se eles mudaram a amizade,
é melhor observar se mudaram também as atitudes ou o comportamento, e ver a
influência que esse novo amigo dá.
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