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Mostrando postagens de agosto, 2022

NÃO-EXISTÊNCIA

 sinto-me como se não devesse existir como um fardo sinto que deveria ser outra pessoa e penso no que deve ser feito para eu ser essa outra ao mesmo tempo sinto que não deveria mudar que não é preciso deixar de ser quem sou sumir e esvair do meu ambiente de existência  não mereço viver o que tenho pra viver pois sou um fardo. não consigo mudar quem sou eu e tampouco consigo debulhar em lágrimas todas essas feridas internas que se acumulam, se multiplicam e sangram todos os dias meu único momento de estancamento açucarado é quando estou nos braços dele e aquele cheiro a princípio tão insignificante é a minha cura momentânea e viciosa para essa minha dor de existir eu me odeio, mas eu me amo mais quando estou com ele e me odeio mais ainda por ter esse vício em querer fugir de mim mesma, em esquecer quem sou e por que existo quero um dia parar de ter medo e tremer tanto por tentar viver sendo eu mesma sou proibida de tal tentativa porque tanto me protegem que prefiro morrer, isto é, sumir