Inesquecível


A vida é surpreendente. Não sou nada. Me considero um nada. Vivo em um mar de problemas pensáveis. E quando eu menos espero, largo tudo. Passo-me despercebida; sou então tudo, quero tudo, conquisto: quase tudo.
Me iludo com o imaginário me perdendo no real. O imaginário é eternizável. O cruel real e o errado real também são. Estou falando de mente, percebe, criatura? De lembranças. Os bons são esquecidos facilmente, por isso devem ser eternizados. Não só no coração, mas em imagens, textos, palavras. Espere. Palavras se perdem no ar. Até então, só o vento as terá ouvido. Já parou para pensar  se o vento também é surdo? Porque um dia, na memória, tudo se apagará definitivamente. Nunca se existirão curas para Alzheimer, por exemplo.  Tudo pode e será algo ilembrável. É preciso de peças, provas, algo querido. E se o coração, no final, apenas servir para bombear o sangue e fazer o processo de oxigênio? Porém, as coisas mais extraordinárias serão feitas com tinta, ou então sangue, permanentes. Tenhamos uma breve lembrança de uma obra que eu gosto muito e vivo de procurar para ler, de Cornelia Funke : Coração de tinta. É mais ou menos essa ideia, pelo menos agora. Não a história, e sim o nome.
Eta texto bobo, meu Deus. Delicado, talvez.  Racional também. É, concordo, pode ter alguma brutalidade no meio vinda de alguma dor de coração,  ou então dor de cabeça. Ah, cansaço!
Porquê será que eu considero alguns momentos tão preciosos? Com um pensamento tão bobinho, frágil, mas ao mesmo tempo tão forte, audacioso, impetuoso e importante? Não quero que seja infantilidade ou imaturidade; nem é para ser. Quero apenas a simplicidade. É o básico do básico, cacetada. CARAMBA! Tudo é complexo. A palavra complexo é complexa. Se o ser humano julgasse racionalmente a existência de tudo, talvez seria  mais correto, e 80,5% das coisas que o homem faz seriam pecados, tanto capitais, quanto religiosos, quanto pessoais e intimistas. Será que viver é um pecado? PÔ, PORQUE DIABOS EU ESTOU FILOSOFANDO?
Não sou nada, não posso tudo, não tenho tudo; sou tudo, posso tudo, conquisto. Agora, tudo. E mais um pouco.

Eu sou e eu tenho o impossível, que aliás, será surpreendentemente inesquecível.

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