Não quero lhe dizer que gosto de você

           

              

             Pode ser fútil, mas também importante. Comum, mas também constrangedor. Pode ser um erro, mas também uma prevenção. No meu último texto, falei sobre não contar que se gosta de alguém. Dessa vez, por mais que exista coragem em mim e eu fique tentando calcular o momento certo,  não quero lhe dizer que gosto de você. E não é apenas para deixar no ar ou brincar de adivinha; ainda não creio que algum dia nesta vida eu vá encontrar alguém “feito para mim”. É medo de quebrar a cara (e o mais constrangedor e ao mesmo tempo comum disso tudo, é que nessa idade é normal). É medo de que você não seja exatamente quem aparenta ser. Isso me consome aos poucos, e mesmo assim [vou repetir] eu não quero lhe dizer  que gosto de você. Não quero que a ação de te contar isso cause alguma coisa ou situação desagradável.

             Acho maravilhosa a afinidade que provavelmente temos  (e que no fundo talvez ainda não seja suficiente) ;  acho linda essa sua demonstração de que se importa. Eu simplesmente acho. Geralmente, consigo chegar à conclusão de várias coisas antes que elas aconteçam. Dessa vez, não sei aonde que isso vai dar, porque não quero dizer que gosto de você. Até porque talvez você saiba e até mesmo tenha algum sentimento por mim também.  Talvez, também, isso nem estrague a amizade; e em menos de três anos  eu já saiba o quê que é essa coisa tão importante que tenho que saber. E assim, poderemos discutir e responder os 31 porquês que nos rondam. Para você, são 17. Para mim, 14. Sei que ambos devem resolver/organizar/concluir os objetivos de vida primeiro, para depois pensar nas coisas do coração, pois sei que sempre focamos no que é mais importante.

                                                                  (respira fundo)

            Adoro reviravoltas e as lições que elas nos trazem. E parece que é o que vai começar a acontecer por aqui.