Fiz esse poema quando tinha 12 anos, para um trabalho de português. No fim de semana passarei ele para o dia inglês ( para os leitores internacionais). Espero que gostem!
Auguste Toulmouche (French, 1829-1890), The Hesitant Fiancée , 1866. Oil on canvas. Prisioneira do meu próprio castelo, nascida e criada para viver sozinha, proibida de viver qualquer gesto singelo Condenada à desconfiança eterna, ninguém pode atravessar os portões desta prisão. Sou indigna de ter uma paixão, quebraram as minhas pernas. Sou uma flor proibida, nunca cheirada, nunca sentida, sob esta gaiola de ferro, apenas vista. Aqui, esta princesa sequer se arrisca. Não tenho tranças para jogar, nem asas para voar, ou um tapete voador Felicidade? Só sente dor... Essa princesa, aqui, não tem vida apenas existe por si só, observando chegadas e partidas, planejando evitar voltar ao pó No castelo, mesmo presa inúmeros erros comete a princesa e ela se frustra, e ela é punida, e nenhuma confiança a ela é cedida. A princesa sabe que não existe príncipe nem ogro, nem sapo, nem rei que possam salvá-la nos termos da lei Cai o pano. É jogada a toalh...
O rapto de Proserpina, de Bernini ~ Disse uma vez ao Amor "Não me procure nunca mais" E assim por um tempo obedecera a razão do meu dissabor Banido estava por razões sentimentais O infortúnio é que Amor jamais me esquecera Sente saudades, está sempre à espreita Envia-me souvenirs recheados de suspeita Doces lembretes de que está voltando Trapilíssima, sigo caminhando É que fujo dele e também de mim de suas promessas vazias e do meu desejo sem fim um dia tudo sempre se acaba restando eu, o coração e o nada Não sei que diabos Amor quer comigo É inegável que ele é irresistível Mas com ele, clareza e certeza é impossível E a ausência dessas, um eterno castigo Sei que disse "não lhe quero nunca mais" está sinalizado como possível perigo Mas confesso, admito: viver sem ele também é algo que não se faz.
leitores (pois não sei quem me lê e se são ou não os mesmos), já fazem seis meses desde a desgraça acometida. hoje fui profunda e terrivelmente afetada por ela novamente, em questão de horas, mas eis-me aqui. resoluta e recomposta. realmente a vingança é um prato que se come frio, e que vem quando a intuição se aflora. não conheço ninguém tão rancorosa como eu: trair-me é um perigo. cuidado com a bruxa boa... cuidado com aquela que fica muito calada. a pior maldição é aquela lançada pelo verdadeiro romântico: só nos livramos dela depois que o respeitamos verdadeiramente e pedimos desculpas sinceras. "calada vence", dizem por aí. e como vence! e que bom que quem me acolheu estava certo! e que bom que tive um livramento! e que bom...! já sabem que gosto de passar recados públicos. nunca me arrependi de nenhum deles - pois sentir é bom e também sou humana, ao contrário do desgraçado. sem o devido respeito, já que ele não me deu - e vim deixar mais um. Com a devida liberdade poét...
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